Já se topou que Angela Merkel é a principal interessada em manter o euro intocado. Os imbecis da nossa direita, a começar por Cavaco, ainda não perceberam porquê.
Já se topou que Angela Merkel é a principal interessada em manter o euro intocado. Os imbecis da nossa direita, a começar por Cavaco, ainda não perceberam porquê.
🙂 (até que enfim…)
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Hey, hey.
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Então esteve Cavaco e restantes capatazes a cascar na criadagem este tempo todo para vir agora a patroa desautoriza-los?Assim como quer ela que mantenham a ordem se minam publicamente a sua autoridade ? Não há direito !
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Ela, que era quase uma mãe.
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A última palavra é da Mutti http://www.newyorker.com/news/john-cassidy/greece-and-europe-the-endgame
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Aí esta um que vou ler com muita atenção. Obrigado.
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http://expresso.sapo.pt/blogues/blogue_sem_cerimonia/2015-06-16-A-Democracia-tem-regras-e-sao-iguais-para-todos-mesmo-para-os-gregos
Como classificarias este? Imbecil parece-me pouco.
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É um PSD típico, com poupa. Ainda prefiro esses aos oráculos de Rilhafoles. São mais honestos.
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Não estou assim tão certo de que os alemães não queiram acabar com o euro, e ainda menos de quando e como. Deixei de acreditar no “espírito europeu” das “elites” alemãs, e já agora no das outras também. O instinto de auto-preservação dessa gente é o fino fio de cordel do qual estamos pendurados. O abismo está aí. A questão é a de saber como essas “elites” vão ponderar entre aquilo que são os seus interesses e a natureza do abismo que, temo, está à nossa espera. A História mostra que as “elites” têm os meios de que precisam para não cair (directa ou imediatamente) no abismo, e não costumam preocupar-se em demasia com o destino dos outros. É a “destruição criativa”, está-lhes no DNA. A grande ilusão (à imagem dos filmes do Renoir de 38-39, e da pseudo-realidade no Homem sem Qualidades do Musil) do nosso tempo é a ideia muito lisongeira de que, nós os europeus, aprendemos com as guerras do século passado e de que arrepiámos caminho. Nada de mais errado. Continuamos o caminho que nem sonâmbulos.
Que desperdício, que estupidez, que macacada, que desilusão.
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Ena, tanta filosofia. Os alemães não querem acabar com o euro porque o euro é bom para os alemães. Do ponto de vista económico e político.
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Caríssimo Luís, parece-me que o que está em causa é saber se a Grécia integrará a Zona Rublo…
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E é tão interessante, essa questão de sabermos o que se faz com os deserdados da União — principalmente quando deixar de ser suportável estar cá dentro.
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Pois, se a existência do euro, e o seu modo de funcionamento, dependerem apenas daquilo que é bom para os alemães, é do tal “fio fininho” de que estamos a falar. E no “ensaio filosófico” acima estava a dar de barato de que “eles” têm o controlo da situação. O que, reflectindo um pouco, é capaz de ser uma hipótese demasiado generosa. 😉
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Demasiado, sim.
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Os alemães não conseguem controlar tudo o que acontece no mundo, que isto não é como montar pistons no motor de um mercedes. Há uma data de variantes que ainda não conseguem controlar, incluindo catástrofes naturais, como terremotos, gregos, portugueses, etc, e os souflés que abatem mal saem do forno.
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Sim, isto não é como um campeonato do mundo de futebol.
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Não só os alemães não controlam todas as variáveis, como isso seria contrário à mecânica do melhor dos mundos, como aquele em que vivemos. Mas conseguiram controlar muitas entre as que importam, se não mesmo a maioria delas. E já se sabe há séculos que o sofrimento a seguir às catástrofes naturais é o resultado da incúria de populações bárbaras e de culturas retrógrados. Mil “Katrinas” na Bavieria não provocariam os estragos que provocou um único evento na Louisiana; nem cem terremotos como o de 1755 beliscariam Munique. A sociedade moderna é um sistema auto-organizado. As crises financeiras são fenómenos emergentes em sistemas deste tipo. Cada cultura e sociedade deve desenvolver os sistemas de protecção mais adequados, mas sem nunca esquecer a bottom linezinha, a saber: não gastar acima das suas possibilidades. Por isso, se não tem dinheiro para morar numa casa bem construida numa zona apropriada para a sua construção, peça um empréstimo que nunca conseguirá pagar, mais um seguro no banco mais próximo, e espere na sua nova casa hipotecada, na rota de um furacão , descansado em frente da tv, . O Deutsche Bank, entre outros, dispensa graciosamente o conselho financeiro e agradece a sua atenção.
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Não é finanças, é politica, é isto:
http://www.theguardian.com/world/2015/jun/19/greek-prime-minister-vladimir-putin-help-financial-crisis
É o nervoso miudinho dos americanos com a quebra da obrigatória unanimidade da posição da UE quanto à Rússia. É isto não ser sobre “regras” europeias a cumprir, como se estivessemos a medir jaquinzinhos. É a vida. É um pássaro, é um avião, não, é o super-homem. (gaita, que foi isto?)
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Não, não a narrativa certa é temos de levar no lombo para sermos de confiança https://desviocolossal.wordpress.com/2015/06/19/a-virgindade-de-varoufakis/
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Pois, esse é o melhor dos mundos possíveis, aquele onde a política “europeia” voltará a ser determinada pela luta dos galos nuclearizados Sim, eu sei que esquematicamente a geopolítica da guerra fria e o medo dos comunistas ajudaram à criação do estado social na Europa Ocidental (com o qual ninguém tinha sonhos húmidos, recorde-se, Mai 68…). Enfim, o mundo está a encarrilar de novo, que bom! é o great game III. Vai acabar com uma perestroika (onde?), ou o quê? … (By the way, essas “regras” europeias também eram política pura e dura, só que nunca seriam eficientes sem um discurso pretensamente legitimador, if you know what I mean; estarão agora talvez em via de dissolução ou metamorfose acelerada porventura. )
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Pois não conseguem controlar tudo, muito menos os Americanos apostados em acabar com Putin e com a Rússia, (delenda Cartago…). Afinal a guerra, a haver, será sempre na Europa, coisa a que os autóctones já estão habituados. E então lá se vai o souflé, o forno, a cozinha e tudo em redor.
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Já em 1992, parece muito tempo, um professor de Cambridge escrevia isto http://www.lrb.co.uk/v14/n19/wynne-godley/maastricht-and-all-that , ou seja, as elites davam o salto de fé, comprometendo os respectivos povos, esperando que tudo corre-se bem…
Entretanto, especula-se se para a Grécia será tudo mau http://ftalphaville.ft.com/2015/06/18/2132201/greece-it-cant-get-that-much-worse-can-it/
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Resta o pequeno detalhe de o Euro ser o actual nome do Reichsmark.
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Correndo o risco de me tornar chato, uma outra análise do que se passa na Grécia diferente do Expresso e do enviado da SIC Sousa Tavares http://blogs.channel4.com/paul-mason-blog/greece-crunch-time/3882
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Obrigados.
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