Ignoremos o discurso, uma tontaria salazarenta muito enjorcada, e concentremos-nos no homem. Há em Passos Coelho um certo recorte trágico, por sabermos que o seu Governo será provavelmente o último da nossa presença na moeda única — só que essa densidade, filha da História, parece uma evocação involuntária de Neville Chamberlain. Passos conduzirá o país à escravidão com a melhor das intenções.
Enquanto Guterres, Barroso e Sócrates nos pareciam mais espertos do que o povo que os elegia, Passos não esconde a tacanhez do homem comum. A ironia está em que os homens comuns funcionam bem, politicamente, em tempos de prosperidade. Passos poderia ter sido um governante aceitável na década de 90.
Em breve, quando tudo desabar, precisaremos de um líder e teremos esta abóbora.
Quando isto tudo desabar, precisamos do Mad Max como lider. Digam ao Mel Gibson para começar a aquecer o motor. O Harrison Ford também é rapaz para dar conta do recado.
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ainda por cima temos, ao mesmo tempo, esta abóbora num palácio e o homem comum da décadas de 90 no outro…
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Estou de férias não me pode mergulhar na realidade de forma tão aguda.
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Um desafio: aponte dois nomes (um do PSD outro do PS) que poderiam ser o “Churchill” cá do pedaço, quando o euro desaparecer
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Not so fast. Chamberlain, a julgar pelas notas biográficas de Churchill, não era assim tão mau, mas os compromissos políticos do seu partido com o pacifismo de antanho tolheram-lhe os movimentos. É provável que Passos seja um infra-Chamberlain. Não sei, mas tudo isto me aborrece muito.
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“Abóbora” parece-me um elogio despropositado. Quanto ao resto, totalmente de acordo.
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Ficamos sem saber se o post elogia o Passos ou se elogia os anteriores ministros.
Um post optimista isso sim!
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