Em conclusão.

Os leitores já perceberam que avaliámos com brilho e sabedoria, ao arrepio de vozes poderosas, as tendências comprovadas por estes resultados eleitorais. Para os que não beberam as nossas excelentes conjecturas com a veneração devida, aqui fica o lembrete. Mas não nos detenhamos a celebrar o mérito da vasta equipa que trouxe até si o melhor da análise política nas páginas do blog que tenho a honra de dirigir. Houve outros vencedores nesta noite memorável.

Nos partidos: ganham Paulo Portas, Sócrates e Louçã. Por esta ordem.

Nos órgãos se soberania: ganha o Governo e a Assembleia da República, perdem o Presidente e  os tribunais.

Nos media: ganha o Correio da Manhã, perdem a TVI, o Público e o Diário de Notícias.

Nas empresas: ganha a Mota-Engil.

Na blogosfera convém-nos distinguir entre a influência política e a credibilidade:

Como projectos de poder ganham o Câmara Corporativa e o Jugular, que elegeu dois deputados. Perdem o Cachimbo de Magritte e o Abrupto.

Em credibilidade distinguiram-se Medeiros Ferreira, Francisco José Viegas, Pedro Picoito e Eduardo Pitta, exemplos de inteligência, estilo e boa educação. Perdeu Fernanda Câncio, a prova de que o poder, se nem sempre corrompe, torna os seres humanos malcriados.

9 pensamentos sobre “Em conclusão.

  1. Lamento muito, mas eu é que percebo disto. Para não estar aqui com filigrana epistemológica (que inclui conceitos operacionais muito complexos que não são para toda a gente), avanço para a análise mais fulminante de todo o painel desta noite: o PS caiu de 100% para 36%, e isso é bom. Beijinhos.

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  2. A Fernanda Câncio deve ser um odiozinho de estimação. Olhe que há gente muito mais malcriada na blogosfera. Muito mais. A atitude dela parece-me mais defesa do que outra coisa.

    Quanto às restantes distinções, parecem-me justas.

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