Sábado.

Sashimi para oito na suite presidencial do Sheraton. Vista sobre Lisboa, piano de cauda Steinway, 300 metros quadrados. Foi o primeiro contacto com o anfitrião, da minha idade, amigo de uma amiga. Ganhar muito dinheiro é um talento especializado como outro qualquer.

A conversa é amena, urbana, cortês. Fala-se de Marraquexe. Servem-se os digestivos. Por volta da meia-noite entram duas putas brasileiras altas, com minissaia, mamas grandes, ar maternal. Sentam-se ao fundo da mesa tranquilamente. Pedem um Sumol. Quando, um pouco mais tarde, nos despedimos, a puta mais velha agradece a nossa presença como se fosse a dona da casa.

2 pensamentos sobre “Sábado.

  1. O que há de curioso nisso a ponto de se mencioná-lo? O fato de as putas estarem ali ou de elas serem brasileiras (dizem que há muitas aí)? Acredito que o primeiro item, em contraste com a “civilidade” reinante. Não espanta a mim. Há, por exemplo, histórias de quantas dessas os russos levam de sua terra em viagem e quantas são exigidas pelos chineses quando no Brasil se hospedam (claro que em maior privacidade que a desse anfitrião). Quanto à puta mais velha, é possível que ela fosse dona da casa.

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