Por estes dias tenho seguido as actualizações de Nate Silver, editor do 538, o melhor site de sondagens que conheço. É divertido ver como um profissional de estatística pratica o alarmismo sem levantar a voz. As suas teses são aterradoras:
- A possibilidade de Trump ganhar é muito real.
- As eleições americanas fazem lembrar, cada vez mais, o Brexit.
En passant faz análises interessantes sobre a inépcia dos media na cobertura dos escândalos sucessivos de Donald Trump. Se Clinton perder não será por falta de aviso.
Michael Moore está longe de ser um oráculo para mim. Mas desta vez, como ele diz infelizmente, é capaz de ter razão.
http://michaelmoore.com/trumpwillwin/
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Ah, o Miguel A. Baptista a citar o M. Moore. Já vi tudo o que tinha de ver.
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Tens razão, um reaça como o Miguel só deveria estar autorizado a citar o Giovanni Gentile.
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O Gentile, esse comuna?
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Já não há muitos que se lembrem do Gentile, grande defesa… Ah, saudades, grande equipa, Altobelli, Rossi e companhia. Cito aqui, precisamente, uma das suas grandes frases, dirigida ao Platini: “Ma vattelo a pigliare in culo! Vaffanculo pezzo di merda!”.
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Nos states formou-se um caldinho cultural que facilita esta anemia dos media liberais. Por um lado, a necessidade que tem a elite democrata de se mostrar cool, não demasiado partisan, daí um recente cartoon da New Yorker (http://www.newyorker.com/cartoons/daily-cartoon/morning-monday-september-12-bernie-weekend), ou as piadas do Colbert. Por outro lado, a criação do mito da saúde. Quem não tiver dentes perfeitamente brancos e alinhados ou resistência contra o vírus da constipação, não tem vida social, quanto mais politica. Um dia, a Monsanto começa gerar em proveta futuros presidentes geneticamente modificados, como o trigo. De forma que, em conclusão, muitos, como no brexit do lado de cá, vão um dia destes acordar a perguntar-se: “what did just happened?”
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Sim, é uma pena que, para além de nada saberem de História, os americanos não percebam de geografia. Dava-lhes tango jeito saber onde fica a Grã-Bretanha.
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Por favour elabore um pouco mais:
Porque razão as eleições americanas parecem o Brexit ?
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Porque toda a gente assumia que não ia acontecer. No sentido de avaliação das possibilidades. E também, mas isso já é a minha opinião, porque estão a desvalorizar o potencial dos populismos.
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Concordo com a primeira parte.É verdade que Boris fez o papel de Trump, mas ninguém fez o da detestada Hillary. Já agora, talvez goste de ler “To Brexit or not to Brexit”. Vai em 6 posts na “Gazeta do Middlesex”.
Isto não é uma tentative de auto-promoção.(mas lá que parece, parece).
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Leio sim, não sabia que tinha um blog. Vou passar a seguir.
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