A Moody’s afirma que o risco de Portugal ter de pedir um segundo resgate é baixo. Todas as semanas acontece uma destas. E ainda querem que a nossa imprensa prospere.
A Moody’s afirma que o risco de Portugal ter de pedir um segundo resgate é baixo. Todas as semanas acontece uma destas. E ainda querem que a nossa imprensa prospere.
É caso para dizer: Até tu Moody’s?
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É o já famoso basquet of deplorables.
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Não prospera? É com esses pequenos nadas que a nossa imprensa engorda e prospera, como aquele fradinho gordo e alegre que fazia sopas de sustância começando apenas com um pequeno calhau. Basta um bocado de manha, uma subespécie meridional da inteligência. Não viu o banquete que se fez com uma simples frase do Centeno que nem vale um caracol? Olha se valesse um caracol, um bichinho humilde da região saloia que aí os lisboetas papam muito com pãozinho e cerveja. Sò o pãozinho inchado do molho já faz um gajo gordo. E essa do resgate é um balde cheio de caracoletas que até dispensa o pãozinho. Só carece de empurrar com uns jarros de vinho.
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Caracoletas com vinho? Mon Dieu, quel barbare!
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A caracoleta é o maiorzito, não é? Tá bem, eu também só como os caracóides com cerveja, mas os franceses acompanham com vinho, né? Eu acho que eles até engolem a aspirina com vinho.
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Julgo que eles consomem “Le Tylenol” dans un verre d’Evian, como todos os mortais.
Por falar nisso, comecei a ler Balzac em série. Julgo que você gosta. Já despachei o Ferragus e Le chef-d’oeuvre inconnu. Agora passei para o Père Goriot. Estou a gostar.
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Boa escolha para um outono. E no fim o velho… ná, estou a brincar. Eu ando a ler uma obra do Jacques le Goff sobre a Idade Media, claro. Sendo ele um fiel admirador do Michelet, é uma obra que tem tanto de literária como de análise histórica, o que torna a leitura muito agradável. Um bocado o antipoda do Matoso, o asceta. Acabado esse, vou tentar recomeçar, pela centésima vez, porque tem de ser e etc, o Homem e o Rio, do Faulkner, que caiu de propósito da estante quando tirei o outro. Sim, também não percebo a organização temática das estantes, mas eles lá se organizam à maneira deles, sabe deus como.
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Porquê ler o Faulkner quando temos o nosso Lobo Antunes que é igual? Faltam valores, falta patriotismo.
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É justo. Aliás, o labrego do Faulkner começou a escrever por causa do Lobo Antunes. Toda a obra do Faulkner podia chamar-se “Algures no Cu de Judas do Mississipi ou o Caralho”.
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Só a natural modéstia do Lobo Antunes nos impede de notar essas coisas.
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A frente nacional não deixa desvalidos os fieis escudeiros do “ajustamento” http://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas_publicas/detalhe/conselho_das_financas_publicas_da_cartao_vermelho_ao_governo.html
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