Também estranhei.

Nas reacções ao tacho de Maria Luís Albuquerque escutei incrédulo as declarações de José Matos Correia, sublinhando que “em democracia não pode haver juízos morais”, pois conta apenas o “cumprimento da lei”.

Em democracia não pode haver juízo morais? Pode quando, em ditadura? É oficial: esta canalha enlouqueceu de vez. Tem razão o soliplass ao evocar a memória de Eichmann.

9 pensamentos sobre “Também estranhei.

  1. É uma chatice mas essa coisa da Moral realmente existe e está codificada desde os julgamentos de Nuremberga no chamado Principio IV:
    “The fact that a person acted pursuant to order of his Government or of a superior does not relieve him from responsibility under international law, provided a moral choice was in fact possible to him”.
    This principle could be paraphrased as follows: “It is not an acceptable excuse to say ‘I was just following my superior’s orders'”.
    O afirmar “O que fiz foi inteiramente legal” não iliba o autor de responsabilidades desde que ”a moral choice was in fact possible to him.”
    Seja lucrar com crimes de burla ou vender informação privilegiada.

    Gostar

  2. Isto revela outra coisa trágica que é o tipo de audiência a quem ele se dirige ou pensa dirigir-se. Um líder partidário Em Inglaterra ou no Canadá, ou na Escandinávia não diz este tipo de coisas sem correr sérios riscos.

    Gostar

  3. Caríssimo Luís, sobre a conduta da “Maria Luís-fazes-falta-ao-País” só deve comentar quem, por superior conhecimento e habilitada sabedoria que brotam de abundante e madura experiência da vida, pode pronunciar-se de modo inequívoco sobre estas matérias: a Dra. Inês Fontinha, presidente da Associação «O Ninho»…
    É sempre bonito “ouver” José Matos Correia defender desta maneira os colegas da Universidade Lusíada de Lisboa: afinal, as regras morais de Almeida Santos também são aplicadas pelo laranjal sito na Rua da Junqueira…

    Gostar

Deixe um comentário