(…) estamos perante um país diferente daquele que existia em 2011 (…) por conta da execução de um programa ideológico por parte do actual Governo que, sem o ter assumido antes de ser eleito, queria alterar os equilíbrios sociais. Vamos a quatro factos:
1 – Com uma excepção, em 1988, há 50 anos que a percentagem da riqueza nacional afecta a salários não era tão baixa como em 2014. Quando se discute se era ou não verdade que o Governo estava a empobrecer quem trabalha, fica aqui a resposta. Sim. Menos pessoas a trabalhar, e as que trabalham estão a receber menos. E não foi uma baixa menor: este valor caiu qualquer coisa como 2,5% do PIB desde 2011.
2 – A isto acresce a opção política de fazer recair os aumentos de impostos quase exclusivamente sobre as famílias, com parte desse aumento a nada ter a ver com a crise, mas sim com a opção de não pedir igual contributo às empresas. Basta olhar para as propostas de Orçamento de estado de 2012 a 2015. A receita de IRS aumenta de 9,3 para 13,1 mil milhões ou quase 50%. A de IRC diminui de 4,7 para 4,6 mil milhões. Ficamos conversados.
3 – Consequências? Portugal voltou aos níveis de pobreza e exclusão social de há dez anos. E a desigualdade na distribuição de rendimentos agravou-se. Há mais pobres e mais pessoas em risco de exclusão social. Fruto de tudo isto, o elevador social partiu-se de vez: não só temos mais pobres como quem é pobre está mais longe de conseguir deixar de o ser. E a natalidade, tantas vezes promovida no discurso político? Bom, as famílias com maior risco de pobreza são as que têm menores a cargos, com destaque para as monoparentais. Nada que tenha impedido a demagogia em torno do Rendimento Social de Inserção, por exemplo.
4 – Convém destacar, à parte, os dados sobre as crianças. Foi na população infantil que se registou o maior aumento do risco de pobreza ou exclusão social, sendo esse valor hoje de uns assustadores 31,6%. Uma em cada três das nossas crianças estão, hoje, agora, em risco de pobreza. Se isto não é a definição de prioridade política não sei o que será. (…)
Um país diferente, aqui.
Vamos ter, na campanha, marketing com sotaque brasileiro http://observador.pt/2015/05/18/os-magos-brasileiros-querem-levar-costa-passos-vitoria/ .
No entanto, noutras circunstâncias é certo, a única maioria absoluta do PS foi com material nacional http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=625406
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Os nossos brasileiros são comos os americanos dos outros, cada um com o seu.
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Mas claro que há diferenças entre os dois links: no caso da LPM trata-se de uma empresa de relações públicas, o que é bem diferente de publicidade.
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E o LPM tem outro savoir faire 😉
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Faz parte do modelo de negócio, sim. Os publicitários são uns brutos.
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Entretanto o “quarto poder” continua o arraial de calinadas http://buracosnaestrada.blogspot.pt/2015/05/ridiculo-lusa.html
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hehe, é a famosa pressão mediática da esquerda.
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