Vencedores.
Os indignados, com uma retórica que mete dó: Ó stôra eu estive lá e vi tudo. A gente atirámos pedras aos outros meninos porque eles tinham lancheiras da Prada e morfaram os kinder chocolates. Se eu fosse comunista estaria em pânico.
Vencidos.
A polícia. Ou está confiada a barrascos que viram muitos filmes do Van Damme ou a pidezinhos reverentes e prestimosos. Dava-nos jeito descobrirmos.
O Governo. Fodeu-se, e não há outra maneira de escrever isto.
Arménio Carlos. Num só dia conseguiu perder o povo e ficar refém de uma quadrilha de radicais.
A ver.
António José Seguro. Se estiver calado talvez pareça sério, se parecer sério durante muito tempo talvez o confundam com uma solução.
Anúncios
Eu ia mais para os barrascos. Incidentalmente, até conheço um ou outro. Coitado do Macedo.
GostarGostar
Não sei, não. Talvez o Macedo e quem manda nele estivessem ansiosos por mostrar autoridade.
GostarGostar
Luís, todos perdem um bocadinho, Arménio, Governo, Segurone, os Zelosos de Crachá.
Perda como a da gente à rasca é que não há.
GostarGostar
O PS não perde népias.
GostarGostar
Se estiver calado talvez pareça sério, se parecer sério durante muito tempo talvez o confundam com uma solução.
GostarGostar
Acho que escrevi algo parecido.
GostarGostar
As vezes, muito raramente, eu concordo com um homem.
” ” citar sem aspas é como a síntese.
GostarGostar
Que original, henedina.
GostarGostar
cita-lo 2x é ser pouco original?
É já uma referencia.
GostarGostar
Não, claro, se fosse uma é que seria.
GostarGostar
“se parecer sério durante muito tempo” impossível… porque este tipo de ónagro não consegue estar muito tempo sem zurrar… 😉
GostarGostar
Pois.
GostarGostar
que é que vocês então, criaturas bonitas, adoráveis, mas imponderáveis, quereis significar com estes entrechoques suaves de bolinhas de algodão irónico, entre amigos que se querem mas abominam a luta (que bruta!) venha ela donde vier, que é que quereis dizer, baraboletas? Não percebo.
Se houve falhanço da greve geral, pois regozijai-vos abertamente, caralho!
GostarGostar
gaf, há merdas que você não percebe mas este lepidóptero explica-lhe como se fosse muito loira. Eu cá gosto de greves bem feitas, como gosto de empresas bem feitas e de políticos que tenham lido mais do que o “Sei Lá” e dois compêndios de gestão na Católica. É uma fraqueza minha. Um gajo pode regojizar-se com a derrota de um adversário poderoso, mas não com o falhanço de uma coisa enjorcada e pífia, que tresanda a morte precoce ainda antes de nascer.
E agora escrevo a sério: precisamos de sinais de inteligência. Nos sindicatos, na política, na esquerda e na direita, na justiça e nas instituições. Principalmente na opinião pública, que é uma bosta incapaz e imprestável. O meu lado, você já deve saber qual é: liberalismo (sim, liberalismo) à nórdica. Impostos agressivos sobre os rendimentos e baixos sobre as empresas. Combate à corrupção e controlo eficiente dos cartéis. Legislação de trabalho capitalista, compensada por transferências sociais decentes. Escolas públicas, saúde pública, funcionários públicos bem pagos mas que se possam avaliar e despedir sem cerimónias.
O que escrevi no parágrafo anterior vai contra tudo o que a esquerda e a direita defendem em Portugal. É como se, podendo escolher entre o capitalismo e o socialismo, Portugal tivesse optado por uma combinação mediocre dos dois. E você admira-se que tanta gente opte pela ironia?
GostarGostar
a histeria dos dois discursos é um desconcerto
GostarGostar
É. Tudo básico, estafado e sem esperança.
GostarGostar
Eu é que me sinto lixada e ninguém preocupado nem solidário sequer
GostarGostar
Há milhões de pessoas lixadas em Portugal. “Ninguém” é um termo desmedido.
GostarGostar
Luis, entra em contradições bem intencionadas, elucubrações, diria. Defende uma organização “à nórdica”, que nós não temos, mas depois diz que temos uma combinação de “capitalismo e socialismo” (do pior que há nos dois). Defende um “liberalismo” com preocupações sociais quando isso, pura e simplesmente, não está nos genes do liberalismo financeiro tal como é praticado actualmente. Quando fala de aliviar as empresas de impostos refere-se ao IRC ou à taxação dos lucros? É que parece que os nórdicos carregam é nos lucros das empresas para financiarem o social…
GostarGostar
Contradições nenhumas, ainda por cima bem intencionadas. Pode começar por aqui:
http://www.ces.fas.harvard.edu/conferences/nordic/papers/Sapir.pdf
GostarGostar
«Se estiver calado talvez pareça sério, se parecer sério durante muito tempo talvez o confundam com uma solução.»
Eheh.
GostarGostar
Estive a ler o seu blog e fiquei com pena de ter chegado à bloga depois da extinção da coluna infame. Devem ter sido bons tempos.
GostarGostar
Uma pessoa ia «à blogosfera» e aprendia coisas todos os dias. As discussões duravam dias e consumiam posts enormes, como, por exemplo, a conversa entre a Coluna e o Gato Fedorento (sim, o blogue era muito bom) sobre Nélson Rodrigues (de quem, diga-se, eu nunca tinha ouvido falar até aí). Lembro-me de ter vivido uns tempos sem acesso à internet e gravar num webcafé páginas html para uma pen para ler mais tarde; não havia internet móvel, não havia smartphones, não havia facebook nem twitter nem nada, ninguém sabia pôr fotografias nos blogues, António Guterres era primeiro-ministro e ainda vivíamos na ressaca das «vacas gordas». Pensando bem, foi há 10 anos mas parece que foi há 30.
GostarGostar
Nessa altura andava eu a fazer noitadas para acabar campanhas. Foi uma época terrível.
GostarGostar