A crítica exigente mas tolerante, libertária mas responsável e oportuna mas de longo alcance (ou coisa do género) que Tó Zé Seguro dedicou ao memorando de entendimento assinado há meses pelo seu partido valeu-lhe uma espécie de trégua com os despojos parlamentares do socratismo.
Por coincidência, a aproximação ocorre no momento em que António Costa publica o seu livrinho, papagueia as boas contas do mandato camarário e se consome em entrevistas aos jornais.
Em tom de ataque preventivo, a blogosfera alinhada com o filósofo do XVIème já fez notar que Lisboa é agora uma cidade em ruínas. O monhé que não se ponha com ideias.
Sócrates regressa, limpo e regenerado, daqui a dois anos.
Isto vai ser muito interessante: Costa vai ter de saltar para dentro da piscina antes de haver a garantia de que Passos não será reeleito. E em política não há impossíveis, as medidas de “suavização” do acordo podem muito bem cair no colo da campanha de 2015. Isto vai ser muito interessante.
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O elo mais fraco (o Tó Zé, claro) deve ser corrido depois de umas eleições intercalares. Eu diria que as perspectivas do Costa nunca serão melhores que isto. O Sócas pode espernear com o seu notável talento e a seita dele há-de dar que fazer aos rivais, mas o país não o quer outra vez nem pintado e um golpe de estado partidário não deve ser coisa muito fácil.
Quanto ao Passos: para se safar tem de baixar o desemprego e inverter a conjuntura. Isto não vai lá só com “suavizações” e modos de bom aluno, porque as pessoas estão fartas e têm toda a a razão.
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Exacto, Luís, o que digo é que é bem possível que, se a partir de 2013 o nó no pescoço do governo começar a apresentar sinais de estar a ficar mais solto, então pode muito acontecer que os indicadores de 2014 comecem a mostrar alguma “recuperação”. Aliás, esta ideia de que Passos está a «ir além da troika» pode ser explicada por esse objectivo: o eleitorado tem a memória curtíssima.
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Sim, suponho que a aposta é essa. O gajo anterior também se fartou de cortar no défice antes do ano eleitoral. O problema é que isto é uma conjuntura muito invulgar.
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(«a seita dele»: lol)
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Mário Soares, há uns anos, com a sua conhecida ‘souplesse’, vaticinou que António Costa poderia chegar até a PM se não fosse tão escurinho.
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ahaha, o que eu gosto do Mário Soares — sempre o aristocrata.
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Muita trica, pouca crica.
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http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-17255912
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http://5dias.net/2012/03/06/siria-contra-o-ditador-e-contra-os-amigos-da-nato/
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Daqui a uns anos chegam lá.
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textos quase originais
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Essa de Passos pretender fazer uma maquilhagem de indicadores, com esta de ir além da troika, parece-me jogada tremendamente rebuscada. Até porque a coisa não é tão previsível assim, se tivermos em conta o período de tempo envolvido e a incerteza da situação externa.
Quanto a Sócrates, não tenho dúvidas de que tentará um regresso. Assim como Santana.
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“Quanto a Sócrates, não tenho dúvidas de que tentará um regresso. Assim como Santana.”
Bendito o país que tem dois génios na mesma era.
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Pense bem, Luís…. Sócrates a primeiro-ministro, Santana Lopes na presidência… o potencial ajavardante da combinação. Uma dupla digna de qualquer ataque de Jorge Jesus, digo eu.
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E eu diria ainda mais, se soubesse quem era esse Jorge Jesus (que é gajo da bola já percebi).
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